terça-feira, 18 de novembro de 2008

A Instituição da Morte

Instituição da Morte


A humanidade está desesperada!
Zumbis loucos e sedentos por transformação
Inconformados, insatisfeitos, atormentados
Buscam incessantemente encontrar a solução

Vivendo uma era decadente, todos buscam a porta certa insanamente
Não percebem que neste momento apenas uma grande vontade pode abrir a cabeça de tantas pessoas e as suas próprias!

Percebo que qualquer ação representa nada!
O caos consumiu o sangue de todos !

Humanos confusos, perdidos, a praga do ser social socializado com estes !!

O cheiro e o prazer da morte é a solução !
Aguardar todos os dias apenas por um fim menos doloroso !

A confusão,o medo e o desespero são demônios sarcásticos que gargalham da ignorância humana! Vamos gargalhar também!

Admirável e maldito mundo novo !

SOMA !!

Afogando as angústias com gritos, revolta e a desamor!
Burguesia sádica gargalhando do horror !

Perdidos acreditando que o prazer está na dor alheia!
Projetando suas próprias dores
Se ludibriando com as cores..

Olhe ao seu redor, estão todos desesperados!!

Então...

Vivamos todos a instituição da morte!
Aqui a vida em preparação para a morte é como se divertir em uma fila com a sensação de que a qualquer momento o próximo será você!

Vivamos todos a instituição da morte!
Vamos torcer para que tenhamos uma morte prazeirosa!


Daniel Silva (18/11/2008)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Minha Morte

Hoje pensei sobre a morte. Sobre a minha morte.
Vivemos em uma finita contagem regressiva. A cada dia, um passo em direção ao abismo.
Não podemos querer viver apenas quando já estivermos próximos do fim.

Há quem vive como se fosse existir pra sempre, e deixa sempre pra viver o amanhã.
A negação da morte implica a vida vazia.

É importante a reflexão da própria morte, afinal ela é nossa única certeza.
É ela quem nos espera pacientemente, somos todos a sua inexorável presa.

Na vida existe dor, pavor, amor e calor.
Não há necessidade de clamor, tudo explica a vontade de viver.

Todos que estão vivos o são por merecerem sua existência.
Aproveite cada dia pois um deles será o seu último e o amanhã não chegará.

Daniel Silva

domingo, 2 de novembro de 2008

Poesia - Nu

Nu.

Estou nu.
Uma caverna fria e úmida.
Aliviado por estar vazio, Angustiado pela falta da ansiedade.

Sim! Ansiedade !
Este sádico espírito que me espia sorrindo traiçoeiramente!
Venha futuro! Vamos brindar!
Pensar em você é melhor que em hoje estar.

Preciso de movimento, energia, emoção!
Necessito urgentemente de transformação !

O ontem, o amanhã, o agora... tudo fluindo,
Nada se repetindo..
E eu me iludindo.. que estou nu.

sábado, 1 de novembro de 2008

Estudo: Materialismo, Dialética e o Materialismo Dialético

Para compreender o materialismo dialético, primeiramente temos que entender claramente o conceito de materialismo, e de dialética.

Materialismo:

Materialismo é um conjunto de princípios que sustentam que a única coisa da qual se pode afirmar a existência é a matéria, e que a matéria é a única substância. Em termos de explicação dos fenômenos o materialismo está em oposição ao idealismo.

O materialismo surgiu na Grécia em meados do século VI a.C., em virtude da necessidade dos filósofos gregos de compreender os fenômenos naturais a partir da observação da realidade, e não mais por mitos religiosos.

Dialética:

Em resumo, dialética é a arte do diálogo, da contraposição e contradição de idéias que leva a outras idéias. Os elementos do esquema básico do método dialético são a tese, antítese e a síntese. Tem-se primeiramente uma idéia, em seguida outra em contraposição a esta, e a partir do método dialético é possível encontrar a síntese, que seria uma idéia final em decorrência do conflito de idéias anterior.

Engels nos presenteia com um abrangente mas fechado, conceito de dialética:
A dialética é a "grande idéia fundamental segundo a qual o mundo não dever ser considerado como um complexo de coisas acabadas, mas como um complexo de processos em que as coisas, na aparência estáveis, do mesmo modo que os seus reflexos intelectuais no nosso cérebro, as idéias, passam por uma mudança ininterrupta de devir e decadência, em que finalmente, apesar de todos os insucessos aparentes e retrocessos momentâneos, um desenvolvimento progressivo acaba por se fazer hoje". Engels (In: Politizer, 1979:214)

Para Platão, a dialética é a técnica de perguntar, responder e refutar. Platão considera que apenas através do diálogo o filósofo deve procurar atingir o verdadeiro conhecimento, partindo do mundo sensível e chegando ao mundo das idéias.

A dialética considera o movimento, o constante desenvolvimento, a transformação, e o autodinamismo, e busca através dos seus métodos compreender estes processos, e assim o fazendo participar de suas construções.

Materialismo Dialético:

Vimos que o materialismo estuda os fenômenos a partir da matéria, e vimos que dialética busca sínteses a partir de contradições, acredito que agora podemos conversar sobre o que é o materialismo dialético.

A doutrina marxista é um conjunto de princípos a qual o pensador alemão Karl Marx deu o nome de materialismo histórico e cujo objeto são as transformações econômicas e sociais, determinadas pela evolução dos meios de produção.

O materialismo dialético, é a filosofia desta ciência, ou corpo teórico que pensa a ciência da história. Através do materialismo dialético, Marx postulou que as relações sociais são inteiramente ligadas às forças produtivas.

Marx aplicou seu materialismo dialético para explicar as mudanças importantes ocorridas na história da humanindade através dos tempos. Partiu do pressuposto de que a realidade não é estática, e portanto se dedicou para encontrar as contradições que exisitiam nas sociedades e assim o fazendo explicou as relações entre quem detinha os meios de produção, e quem detinha apenas a força de trabalho.

Foi desenvolvida então uma concepção materialista da história, que afirma que o modo pela qual a produção material de uma sociedade é realizada constitui fator determinante da organização política e das representações intelectuais de uma época.

Desta forma Marx constatou a evolução dos meios de produção percebendo suas contradições, concluindo por exemplo que o modo de produção capitalista é a nova síntese que surge das ruínas do sistema feudal, ou seja, a contradição entre a tese (senhor feudal) e a antítese (servo).

Por fim, temos então que o materialismo dialético explica os fenômenos políticos e sociais a partir da contradição que existe na relação entre quem detem os meios de produção, e a força de trabalho, característica presente desde as sociedades primitivas aos dias de hoje.